Foi realizada, na Rua Antero de Quental, em Lisboa, uma vistoria a trabalhos com fim de se proceder a uma ação judicial, de um apartamento de tipologia T3, de um edifício datado de 1905, que sofreu recentemente obras de reabilitação em que a laje de piso em vigamento de madeira foi recuperada, mantendo o mesmo tipo de estrutura. Sobre a estrutura caibros e barrotes foram colocadas placas de OSB e para garantir o perfeito nivelamento do piso para a montagem do sistema de aquecimento radiante, foi colocado sobre a OSB massa autonivelante.
As obras na fração foram totais, desde a demolição de paredes de compartimentação existentes, construção de 3 Instalações sanitária alteração da localização da cozinha e execução de novas redes de hidráulicas e elétricas, bem como a novos revestimentos de acabamento.
Nas instalações sanitárias, nas zonas húmidas e no piso, foi opção do projetista, o revestimento a microcimento, cor cinza.
Na vistoria realizada, constatou-se que as paredes estavam empenadas e desaprumadas e o revestimento em microcimento encontrava-se com vincos e manchas, que denota uma má e deficiente colocação do revestimento.
Detetou-se, também, outros erros construtivos e de má execução, nomeadamente a existência de aparelhagem elétrica no volume de exclusão de 0,60 m afastada da zona de banho e abaixo de 2,25 m de altura, evidências que as superfícies, que não eram para serem revestidas por massa de microcimento, se encontrarem todas manchadas com restos de material, remates e ligações hidráulicas defeituosos, fecho de roços e acabamentos defeituosos, e embora o empreiteiro tivesse dado a obra como concluída, não foi feita a limpeza da obra.
Foi elaborado um relatório, entregue à cliente, como a identificação de todas as patologias e defeitos construtivos detetados, com as medidas corretivas e de reparação, para que possa agir contra a empresa responsável.












